A moeda russa caiu esta terça-feira para níveis inéditos, a valer 80 rublos por um dólar e 100 por um euro, desafiando a capacidade de resposta simultânea de Vladimir Putin à crise económica e ao confronto com o Ocidente.
A decisão do banco central russo, tomada na noite de segunda para terça-feira, de subir a taxa de juro de 10,5% para 17%, não conseguiu impedir o colapso da moeda.
Para piorar o assunto, a Casa Branca já anunciou que o presidente Barack Obama pretende assinar o agravamento de sanções à Rússia.
As sanções ocidentais, que se seguiram ao apoio russo aos separatistas ucranianos, fecharam o acesso da Federação Russa aos empréstimos externos e contribuíram para a crise atual.
A quase redução em 50% dos preços do petróleo nos últimos seis meses também devastou a economia russa, que depende fortemente das exportações de energia e outros recursos naturais. Até o banco central já avisou de uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) em 5%, se os preços se mantiverem no nível atual.
Depois de hoje ter desvalorizado 20%, o rublo recuperou ligeiramente no final do dia para cerca de 71 contra o dólar e 88 para o euro.
Uma reunião do emergência do conselho de ministros foi convocada pelo primeiro-ministro, Dmitry Medvedev, para produzir "uma lista de medidas que podem ajudar a estabilizar a situação", disse o ministro da Economia, Alexei Ulyukayev, desmentindo rumores da instauração iminente de controlo de capitais.
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