A adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, ícone mundial da luta pela educação das raparigas, criticou os "atos atrozes e cobardes" dos talibãs que atacaram, esta terça-feira, uma escola para filhos de militares em Peshawar, causando mais de 130 mortos.
"Condeno estes atos atrozes e cobardes e estou ao lado do Governo e das forças armadas do Paquistão" nos seus esforços para gerir a situação, indica um comunicado da jovem de 17 anos, que no passado dia 10 recebeu o prémio Nobel da Paz, juntamente com o indiano Kailash Satyarthi.
Originária do noroeste do Paquistão e também vítima de um atentado talibã em 2012, quando foi atingida a tiro na cabeça, Malala Yousafzai confessa-se de "coração partido" e diz chorar os estudantes, a maioria dos mortos no ataque.
Também o coordenador das Nações Unidas no Paquistão, Timo Pakkala, classificou de "bárbaro" e "ato de crueldade" o ataque do comando do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP).
O TTP declarou ter realizado o ataque em represália pela operação militar lançada em junho e ainda em curso contra os seus esconderijos e os dos seus aliados da al-Qaeda no Waziristão do Norte, zona tribal no noroeste junto à fronteira afegã.
"Estamos em estado de choque com este ato de crueldade e expressamos a nossa tristeza às famílias dos mortos e feridos", referiu Timo Pakkala num comunicado, considerando que "atacar as crianças e a sua educação desrespeita os mais fundamentais princípios da Humanidade".
O ataque, iniciado pelas 10.30 horas locais (05.30 horas em Portugal continental), durou mais de seis horas e todos os seis atacantes foram mortos, segundo a polícia.
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