Jovem de 21 anos interrompeu evento em Oslo na quarta-feira.
Ele diz ter feito protesto por sumiço de estudantes no país americano.
As autoridades da Noruega rejeitaram o pedido de asilo político do jovem mexicano que interrompeu a cerimônia do Nobel da Paz na prefeitura de Oslo na quarta-feira (10), informaram nesta quinta-feira (11) várias emissoras do país nórdico.
"Dizem que não posso provar que estaria em perigo se voltasse para o México. Acham que exagero, espero que tenham razão", disse à 'TV2' Adán Cortés Salas, o jovem de 21 anos que subiu ao palanque com uma bandeira do México quando a paquistanesa Malala Yousafzai e a índio Kailash Satyarthi acabavam de receber o Nobel.
O jovem, que mostrou ao canal a resolução de seu caso na Direção de Estrangeiros, foi levado ao centro de internamento para estrangeiros de Trandum, no norte de Oslo, após permanecer quase um dia custodiado pela polícia.
Salas foi multado em 15 mil coroas norueguesas, que equivalem a R$ 5.422 por alteração da ordem e por entrar de forma ilegal na prefeitura de Oslo.
Além disso, Salas deverá comparecer a um tribunal de Oslo porque a polícia pediu que fique em prisão preventiva até ser expulso por violar as leis de estrangeiros e por considerar que há risco de fuga. "Queria atrair a atenção do mundo para o México para que vejam o que ocorre ali. Minha mensagem era um grito de ajuda para o México. Tentei pedir para falar com Malala e Satyarthi para ver se podiam dizer algo e contar o que acontece. As autoridades matam estudantes", disse o jovem à televisão pública 'NRK'.
Salas assegurou que não se arrependia e que faria o mesmo outra vez, mas se desculpou se tinha assustado alguém.
A polícia confirmou que o jovem não tinha convite para entrar na prefeitura nem estava credenciado como jornalista, mas conseguiu burlar a segurança e ninguém pediu que se identificasse.
"Foi fácil entrar, não me escondi nem nada parecido, fui à entrada principal. Minha aparência era semelhante a dos convidados. Creio que a segurança achou que eu era mais um", afirmou o universitário à emissora 'NRK'.
O incidente, que provocou críticas de vários estamentos e da imprensa norueguesa, fez com que a polícia tenha endurecido a segurança nos demais eventos do programa do Nobel da Paz, que terminou com um concerto no Spektrum de Oslo.
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